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Bezerro

Desvarios arredor do bezerro e a poupança neolítica, o aforro e o acúmulo e o germolo de primavera, nos tempos, na arqueologia das palavras:
Bezerro e abezerrar.

Sei dum tempo de gado, no que o excedente alimentar vegetal, ou mesmo o grão antes de se perder, era guardado em carne viva animal, este acúmulo em ser vivo, (para o galego a vaca é ouro e o porco tesouro), busco-o fuchicando nas etimologias. E é longe dos trópicos onde o acumular, estojar, apareceu com mais força, pois o inverno magoa.

Vitela: vem do latim vitellus, gema do ovo.
Pucha, regionalismo da Galiza para a bezerra: poderia vir de pultis, as papas de farinha, o coalhado.
Novela: do latim novus, moi aparentado com novelu, acúmulo de fios
Bezerra: massa acumulada.
Alemam: bezahlung, pagamento, pago
Bezoar: pedra, forma acumulada no rume, no persa padzahr e pazahr, com o significado de antídoto.
Beza, veza, fava, de vicia
Bez em turco, glândula
Abezerrar: di-se do pam ou dos bolos quando nom levedam e a massa está acumulada.
Veta: acúmulo mineral, vieiro
Viço: força
Vitis: vide
Vitelo, vitalos, italos, Itália terra de vitelos.
Butelo: acúmulo reserva, bote e bode
Bitsi no árabe
Vatsas no sânscrito é pança, e as vacas nom seriam mais que panças cheias.

A palavra gando, gado, é moi clara para falar desse excedente acumulado, gardado, guardado e gadanhado, ganhado. Pois do verde nasce o amarelo, ou doutro jeito: a erva dá ouro.

Ambos vitelo e bezerro, semelham derivações, diminutivas, ou carinhosas dumha raiz: vita ou beza.
Abondosos som os diminutivos para crias de animais: godalha, reixelo, neixente, neixarigo, cucha, cuxinha, cabuxa, cabrita ....
Entre vitelo e bezerro apenas som umhas poucas mudanças fonéticas?
vitelo/bitelo
vitelo/vizelo
vitelo/viterro
bezerro/vezerro
bezerro/beterro
bezerro/bezelo.
Leva isto a pensar numha raiz comum da vida e do viço, ambas ressumidas num único conceito que é força interior, vita+beza: bveitza
BEITZÁ! (ביצה )
Voltamos ao ovo "vitelo", ao abezerramento da energia em disipaçom por amor na forma, pois Beitzá é palavra hebreia para o ovo cozido com casca, que tem um simbolismo religioso para os judeus.
Ovo e bolo de páscoa por aqui tamém, para no tempo do Cristo morto, ter um Cristo-ovo, um cristo novo, onde cada criança, cada neno, tem a possibilidade de saber alegoricamente do seu poder potencial de desenvolvimento que o devir da vida demouca, poda nos adultos.
Ovo germolo, que sai e se abre na Primavera, no equinócio, celebrado na Semana Santa do catolicismo, onde a força interior adormecida desde o outono começa a sair.


29 Sai, sa ist vithrus guths, saei afnimith fravaurht thizos manaseidais.
Anho de Deus ou vitelo de Deus?







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